Manaus – Um professor da rede pública foi preso na quarta-feira (9/4) em Manaus, suspeito de favorecimento da prostituição e exploração sexual de crianças e adolescentes. A Justiça decretou a prisão temporária do acusado, cuja identidade não foi revelada, após investigações conduzidas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). A operação foi detalhada nesta quinta-feira (10/4) pela delegada Deborah Ponce de Leão, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
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Segundo a polícia, o professor oferecia dinheiro a mães de alunas para que elas facilitassem o acesso a meninas de oito a dez anos, com o objetivo de explorá-las sexualmente. Em um dos casos, a mãe de uma vítima, que também está sob investigação, teria recebido pagamento para fornecer fotos de uma criança de oito anos e convencê-la a manter relações com o suspeito. “Ele se utilizava das mães de alunos para chegar às vítimas e cometer seus crimes. A denúncia inicial apontou que uma mulher, que mantinha um relacionamento com ele, recebia dinheiro para buscar crianças nessa faixa etária”, explicou a delegada.
Durante a prisão, foram apreendidos materiais com conteúdo pornográfico em posse do suspeito, o que resultou também em prisão em flagrante. “Ele aproveitava informações das crianças, aproximava-se das mães e tentava estabelecer relacionamentos com elas para ter acesso às vítimas. Isso foi confirmado no cumprimento do mandado”, acrescentou Deborah Ponce de Leão.
O caso chocou a comunidade escolar e as autoridades. O professor já possui antecedentes criminais e responde na Justiça pelo estupro de uma menina de 11 anos, além de ser investigado por outros crimes semelhantes. Agora, ele enfrentará acusações por favorecimento da prostituição e exploração sexual de menores ou vulneráveis. A PC-AM segue apurando o envolvimento de outras pessoas na rede criminosa.
A delegada reforçou que denúncias como essa são fundamentais para combater crimes contra crianças e adolescentes. “Estamos trabalhando para identificar todas as vítimas e responsáveis. Esse tipo de crime é inaceitável e será rigorosamente punido”, concluiu.
Fonte: Gomes/CM7