O Conselho Empresarial da Amazônia Legal, sob a coordenação do ex-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (FACER), Marco Kobayashi, esteve reunido na sede da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em Brasília (DF), para definir estratégias para a COP30, que ocorrerá em 2025, em Belém (PA). Kobayashi, que também ocupa o cargo de diretor-secretário da CACB, destacou no encontro a importância da sustentabilidade, com foco em bionegócios e práticas ESG, além da necessidade de suporte técnico para estruturar propostas dos estados da região.
“Não há como falar de negócios sem considerar a sustentabilidade. A pressão global pela adoção de práticas ambientais cresce continuamente, inclusive nas empresas brasileiras. Com suporte técnico, queremos consolidar alianças, revisar a Carta de Santarém e manter a COP30 como tema permanente, garantindo maior protagonismo para as empresas da Amazônia”, afirmou Kobayashi.
A Carta de Santarém, citada por Kobayashi, é um documento que reúne reivindicações para o desenvolvimento sustentável da região, incluindo subsídios energéticos para reduzir custos de produção, medidas de combate à criminalidade e melhorias na infraestrutura, como pavimentação e duplicação de rodovias estratégicas. A Carta busca impulsionar políticas públicas que fomentem o crescimento econômico e social dos estados amazônicos.
Para o conselheiro Cícero Noronha, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (FACER), a Carta de Santarém precisa passar por alguns ajustes. “É necessário uma atualização deste documento, que foi produzido em 2019. Precisamos considerar o atual cenário global, as novas inclinações comerciais e tecnológicas, sempre conciliando empreendedorismo e sustentabilidade, alinhados ao perfil da região e ao forte apelo da COP30”.
Ao longo do encontro, o coordenador do Conselho, o rondoniense Marco Kobayashi, apresentou um cronograma de encontros presenciais ao longo de 2025, voltados às demandas dos estados que compõem a Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. Segundo ele, cada estado destacará suas prioridades, com suporte do Conselho para sua estruturação. Também foi ressaltada a necessidade de um corpo técnico especializado para auxiliar na formulação dessas propostas.
Também estiveram presentes à reunião do Conselho Empresarial da Amazônia Legal, a presidente da Associação Comercial do Pará, Elizabete Grunvald, o presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais de Tocantins (FACIET), Fabiano do Vale e o Vice-Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Mato Grosso, Rafael Furman.