Na última semana, em Brasília (DF), aproveitando a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na reunião do Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), o 1º vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (FACER), Cícero Alves de Noronha Filho, abordou a retirada das bases militares dos rios da Amazônia nos últimos 25 anos. A ação, conforme pontuou Noronha, resultou no aumento significativo da criminalidade na região, que possui uma extensa faixa de fronteiras com outros países da América do Sul.

Ao ser abordado, o ministro disse que as fronteiras são um “calcanhar de Aquiles. “A fronteira da Bolívia com o Brasil é maior do que a do México com os Estados Unidos” explicou, acrescentando que estão sendo escolhidos locais para atuar com todas as polícias.

O ministro Lewandowski admitiu que, de uma forma geral, a questão da segurança pública é um dos principais problemas do país, mas que precisa ser enfrentada conjuntamente: “O artigo 144 da Constituição Federal diz que a segurança pública é dever do Estado, mas responsabilidade de todos”. Para Lewandowski, a segurança não é um problema brasileiro, mas internacional e mudou de natureza nos últimos 20 anos “passando de local para nacional e transnacional”.

Questionado pelos participantes do encontro sobre a Ficha Limpa, o magistrado explicou que ela está mais voltada para a corrupção do que para a criminalidade. Sobre os contrabandos, ele disse que estão “aumentando a segurança nas fronteiras, aumentando a pena de receptação”, mas ressaltou que muitos comerciantes do Brasil compram de contrabando, “então é um trabalho conjunto”.