Senador explica que medida terá impacto direto nos preços de alimentos
O setor produtivo nacional tem estado em alerta desde a última quinta-feira (20), quando o Governo Federal determinou a suspensão das linhas de crédito rural subsidiadas pelo Tesouro Nacional.
Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já manifestaram preocupação sobre os impactos da medida. Vice-presidente da FPA no Senado Federal, Jaime Bagattoli (PL) detalhou que a decisão do atual governo é uma grave sinalização da falta de recursos para o setor e que haverá repercussões graves para o consumidor final.
“Primeiro que essa decisão chega no início da safra de inverno, quando começamos a plantar o grosso da nossa produção nacional de alimentos. Segundo que ela sinaliza que o atual Governo entende que não há mais dinheiro para o crédito rural, gerando uma preocupação sobre o próximo Plano Safra que deverá ser anunciado em julho deste ano. O resultado vocês já podem imaginar: custos altos repassados ao consumidor final e, consequentemente, alimentos mais caros na mesa do brasileiro”, detalhou o senador nas redes sociais.
Para a oposição, o governo tenta jogar a culpa da decisão ao Congresso Nacional que ainda não votou o Orçamento da União para 2025, além do aumento da taxa básica de juros, a Selic, que está hoje em 13,25% e com expectativa de alta para os próximos meses. Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos é um absurdo. A falta de gestão dos recursos impacta no aumento dos juros e impossibilita a implementação políticas públicas necessária para o crédito rural.
“O atual governo precisa assumir a incapacidade de gerir os gastos públicos e que a má gestão tem sim impactado no aumento dos juros. E, diferente do que o Governo afirma, nós parlamentares estamos dispostos sim a votar o Orçamento da União, bem como qualquer medida para garantir que a agricultura brasileira não pare por falta de recursos”, acrescenta o senador.Senador explica que medida terá impacto direto nos preços de alimentos