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Moraes cita gabinete do ódio, diz que explosões no centro de Brasília ‘não são fato isolado’ e que não há pacificação com anistia

Francisco Wanderley, de 59 anos, morreu na Praça dos Três Poderes após uma sequência de explosões. Corpo só foi retirado na manhã desta quinta.

Por Mateus Rodrigues, g1 — Brasília

‘Não é um fato isolado do contexto’, diz Alexandre de Moraes sobre explosões no centro de Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira (14) que as explosões registradas na área central de Brasília, na véspera, são resultado do ódio político que se instalou no país nos últimos anos – e não um “fato isolado do contexto”.

Moraes também defendeu que a pacificação nacional é necessária, mas não será feita com anistia (perdão) aos criminosos (leia mais abaixo).

“Não podemos ignorar o que ocorreu ontem. E o Ministério Público é uma instituição muito importante, vem fazendo um trabalho muito importante no combate a esse extremismo que lamentavelmente nasceu e cresceu no Brasil em tempos atuais. Nós precisamos continuar combatendo isso”, afirmou ao abrir uma aula magna no Conselho Nacional do Ministério Público.

“O que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto. […] Queira Deus que seja um ato isolado, este ato. Mas o contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro”, afirmou.

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