Marcos Rocha e Hildon Chaves são os nomes fortes para o Senado
As eleições de 2024 consolidaram o União Brasil como o partido com o maior número de prefeituras em Rondônia, obtendo o controle de 17 administrações municipais e se estabelecendo como uma força política dominante. Contudo, o resultado trouxe uma derrota estratégica em Porto Velho, onde a candidata do União Brasil, Mariana Carvalho, não conseguiu vencer o pleito contra Léo Moraes, do Podemos. Essa vitória em Porto Velho marca a expansão do Podemos no estado e abre espaço para um fortalecimento de novas lideranças na capital rondoniense.
Olhando para o cenário de 2026, o União Brasil já desenha uma possível candidatura de Sérgio Gonçalves, atual vice-governador de Marcos Rocha, que deverá ser o representante do grupo governista em uma eventual disputa pelo governo de Rondônia. Rocha, por sua vez, tem mantido sua influência política e estuda possibilidades de avançar em sua carreira, possivelmente mirando uma cadeira no Senado Federal. Com uma base consolidada e uma estratégia de continuidade no Palácio Rio Madeira, o grupo governista segue trabalhando para manter sua relevância na política estadual.
E obteve êxito, conforme o resultado do pleito, vitórias orquestradas pelo próprio chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, irmão de Sérgio, presidente do partido
No entanto, o crescimento do Podemos no cenário político de Rondônia, evidenciado pela conquista da Prefeitura de Porto Velho, traz desafios ao status quo estabelecido. Léo Moraes, ao assumir a capital rondoniense, tem agora a oportunidade de reforçar sua presença política e fortalecer o Podemos como um ator relevante para as eleições de 2026. Ao longo dos próximos dois anos, Moraes poderá consolidar sua base de apoio e fomentar lideranças locais, potencializando o poder de articulação do partido. O slogan de sua campanha, “coligado com o povo”, reforça essa proposta, já que ele assume o cargo com liberdade para traçar novas políticas e criar uma imagem de inovação e proximidade com a população.
Para o PL, que assegurou o segundo maior número de prefeituras, a liderança de Affonso Cândido após a vitória em Ji-Paraná representa uma nova face para o partido. Cândido se junta a nomes de peso na legenda, como os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, compondo um bloco robusto que poderá aspirar a cargos ainda mais altos em 2026, incluindo a possibilidade de disputar o governo estadual. A vitória do PL em 12 cidades reforça seu papel de protagonismo e amplia o leque de opções para o partido, que buscará manter e expandir sua influência política no estado.
Outro ator de destaque para as próximas eleições é Hildon Chaves, atual prefeito de Porto Velho e presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM). Apesar de Mariana Carvalho não ter conquistado a Prefeitura de Porto Velho sob sua benção, Chaves encerra seu segundo mandato com altos índices de aprovação, o que o torna um candidato em potencial para o Senado em 2026. A visibilidade obtida por sua posição na AROM pode ajudar a reduzir o impacto negativo da derrota de Mariana, caso ele opte por almejar uma cadeira na Câmara Alta.
O União Brasil, embora com um peso considerável nas prefeituras, agora encara o desafio de recuperar a capital e articular uma campanha eficaz que assegure a manutenção de sua hegemonia. Sérgio Gonçalves desponta como a escolha natural para dar continuidade ao projeto do grupo no governo estadual, enquanto Marcos Rocha pode canalizar seu prestígio para fortalecer a base do partido no Senado. Com a diversidade partidária nas prefeituras rondonienses e a consolidação de novas forças políticas, a política de Rondônia se mostra em constante evolução, com lideranças preparadas para disputar espaço e protagonismo nos próximos anos.
O último protagonista das eleições de 2024 foi o PSD, que, sob a liderança de Expedito Júnior, conseguiu articular uma base sólida que garantiu a vitória em sete municípios rondonienses. A habilidade de Expedito em unir lideranças e alinhar interesses em diferentes regiões do estado reforçou a presença do partido em Rondônia, consolidando o PSD como uma das principais siglas. A atuação de Expedito, uma figura experiente e influente na política rondoniense, fortalece o partido para as disputas de 2026, onde a base consolidada pelo PSD poderá ser uma plataforma estratégica para projetos políticos mais ambiciosos.
Em 2026, União Brasil, PL e PSD terão a tarefa de redefinir suas estratégias para manter a relevância em Rondônia.