O ex-governador Ivo Cassol teve recurso negado pelo pleno do Tribunal de Justiça de Rondônia, em agravo movido contra o Ministério Público do Estado e o Município de Rolim de Moura. Por unanimidade foi mantida a sentença que condenou Cassol à perda dos direitos políticos, pagamento de multa, proibição de contratar com o Poder Público e receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
O acórdão foi publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça de Rondônia da última sexta-feira (11), mas nos meios jurídicos já se sabia há algum tempo que o ex-governador tinha sido condenado e que não poderá ser candidato até 2034.
Ainda se ouviu rumores de que seria possível buscar acordo com o Ministério Público do Estado para evitar a inelegibilidade, mas o blog Entrelinhas apurou que isso é apenas conversa sem fundamento, pois a decisão já foi tomada pelo pleno do TJ, e ainda por cima por unanimidade.
Ainda de acordo com o que apurou o blog, a conversa de que seria possível reverter a inelegibilidade seria apenas uma estratégia para arrancar mais dinheiro de Ivo Cassol, mantendo o processo em Rondônia mesmo.
A condenação envolve favorecimento para a contratação de empresa de parentes, no período em que Ivo era prefeito de Rolim de Moura. Isso já foi motivo de muitas pancadas em cima do ex-governador.
Anunciando que seria candidato em 2026, Ivo Cassol vinha se movimentando bastante nos últimos meses. Tinha retomado o comando do Partido Progressista (PP) e atraiu lideranças para o partido, e também incentivou candidaturas a diversas prefeituras de Rondônia.
Acontece que, logo no início de setembro, Ivo Cassol tomou conhecimento da condenação. Essa teria sido a razão de sua viagem inesperada à Europa, praticamente no meio da campanha eleitoral de candidatos a prefeito que ele mesmo havia incentivado a concorrer. A notícia da condenação o teria deixado abalado. Cassol voltou somente na reta final do primeiro turno.
Por: Nilton Salina/ Blogentrelinhas