Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Moradora de Porto Velho é morta em Garimpo de Mato Grosso. Marido está internado.

Garota foi atingida com um tiro no pé e sangrou bastante até chegar ao hospital


Ainda abalados pela tragédia, a família de Flávia Melo de Miranda Soares, de 20 anos, tenta entender o que aconteceu com a jovem assassinada em um garimpo ilegal na zona rural de Pontes e Lacerda (MT) na última segunda-feira, 23.
“Não temos informações direito, falam muita coisa. O que sabemos é que entraram tirando em todo mundo, era uma briga por terra. Ela estava no lugar errado e hora errada”, contou uma familiar da vítima. O caso ocorreu Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. Quatro pessoas morreram e uma ficou ferida.

Inconsolados, os familiares precisaram correr contra o tempo para arrecadar recursos para o translado do corpo da jovem, que chegou em Rio Branco, capital do Acre, na manhã desta quarta, 25. Fábio Tavares Siriano, de 33 anos, marido de Flávia, sobreviveu ao ataque e está hospitalizado. De acordo com a polícia, a chacina teria sido motivada após uma briga dentro do garimpo, por área de exploração. Uma das linhas de investigação da polícia é que os envolvidos tenham ligação com organizações criminosas.

Flávia, já morta, e o marido ferido, foram deixados na frente do hospital de Pontes e Lacerda


FAMÍLIA NÃO CONHECIA MARIDO DA JOVEM
Segundo uma irmã de Flávia, ela se mudou do Acre para Porto Velho há cerca de um ano. Há oito meses, após conhecer o marido, a jovem ficava entre a cidade de Pontes e Lacerda e a capital rondoniense, enquanto Fábio trabalhava no garimpo. O crime ocorreu em uma destas visitas. Durante o ataque, a jovem foi atingida com um tiro no pé e sangrou bastante até chegar ao hospital. “Ele [Fábio] trabalhava lá [no garimpo]. Sei que ele está vivo, passou por cirurgia e queremos saber mais informações. A gente não perguntava
muito sobre esse marido dela, não sabemos muito o que fazia”, complementou. A família contou também que Flávia trabalhava vendendo semijoias e, antes de ir para o garimpo, avisou ao pai, que mora em Rio Branco. “Todo dia ela ligava e falava com a gente. Há um mês estivemos em Porto Velho, nos encontramos. Ela avisou para o meu pai que ia ver ele
[Fábio], mas era normal. Ela ficava de um a dois dias e depois voltava [para Porto Velho]”, contou.
Flávia e o marido foram socorridos por moradores próximos da região e levados de caminhonete para o Hospital Santa Casa de Pontes e Lacerda. A jovem já chegou sem vida e Fábio em estado grave. As equipes médicas acionaram a polícia. Em Rio Branco, a família da jovem começou a receber ligações avisando sobre o que tinha acontecido. “Falaram que tinham matado ela, mas não acreditamos, entramos na internet buscando informações. Só acreditamos quando o pessoal do IML mandou a foto da identidade dela. Ela perdeu muito sangue, do local onde estavam para o hospital dá quase três horas de viagem “,
acrescentou.
O corpo de Flávia foi trasladado para Rio Branco em um voo particular de uma funerária. A família conseguiu arrecadar R$ 20 mil para os procedimentos. O enterro foi no Cemitério Morada da Paz.

CHACINA
De acordo com o delegado João Paulo Berté, a chacina teria sido motivada após uma briga dentro do garimpo, por área de exploração. Uma das linhas de investigação da polícia é que os envolvidos tenham ligação com organização criminosa.

A Polícia Civil informa que uma equipe de investigação foi ao Garimpo do Sararé para apuração dos fatos e localização de outras possíveis vítimas.

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