A empresa R7 Facilities Serviços de Engenharia LTDA, que possui sede no Guará, passou a ser investigada após suspeita de que ela seria administrada por “laranjas”. Com diversas obras milionárias sendo realizadas em todo o país, a organização passou a ser investigada após dois presos do Comando Vermelho fugirem da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, local em no qual a construtora também atuava. As informações são do Metrópoles.
Mesmo estando sendo observada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU), a R7 Facilities Serviços de Engenharia LTDA recebeu R$ 5.437.798,00 em emendas parlamentares só neste ano.
A plataforma Siga Brasil, que elenca informações relacionadas a pagamentos de emendas parlamentares no país, aponta que existem nove repasses indicados por bancadas estaduais e comissões com valores variando entre R$ 197 mil e R$ 1,7 milhão. Três emendas foram previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, já as restantes, constam no dispositivo legal de 2024. Trata-se de pagamentos para serviços que, em tese, já foram corretamente prestados.
O dispositivo Siga Brasil também aponta as pessoas físicas ou jurídicas que figuram como favorecidas finais das ordens bancárias emitidas pela União, mas a empresa não aparece nos espelhos das emendas parlamentares. Nestes, é possível ver que o dinheiro foi destinado especialmente para serviços de agricultura. A construtora foi a recebedora final de parte dos valores, intermediados por outros órgãos públicos.
As investigações não apontam, contudo, uma ligação direta entra a fuga dos presos de Mossoró com a atuação da R7 Facilities. O que é apontado é a possibilidade de atuação dos “laranjas”.
A CGU confirmou, através da assessoria, que as investigações ainda estão em andamento, contudo, ressaltou que, por se tratar de um processo sigiloso, novas descobertas não poderão ser divulgadas.
Fonte: Bruna Ferraz