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Marcos Rogério e Chrisóstomo defendem Pablo Marçal enquanto o coach briga com a família Bolsonaro

Estariam os congressistas de Rondônia pulando do barco? / Reprodução-Fotomontagem

Porto Velho, RO – O senador de Rondônia, Marcos Rogério, conhecido por sua habilidade em ajustar suas posições conforme as marés políticas, voltou a se posicionar com veemência nas redes sociais, desta vez em defesa de Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB. A defesa de Rogério surge após a Justiça Eleitoral de São Paulo determinar a derrubada dos perfis de Marçal nas redes sociais, uma decisão que, segundo o parlamentar, fere os princípios democráticos mais básicos.

Marcos Rogério defende Marçal em postagem cheia de erros de Português / Reprodução

“O direito a se submeter ao escrutínio público durante as eleições é uma das expressões mais fundamentais da nossa democracia. Portanto, negar a um candidato o direito de apresentar as suas propostas nas redes sociais constitui um grave atentado ao nosso processo democrático”, afirmou o senador em suas redes, usando o incidente para fortalecer sua posição como defensor da liberdade de expressão.

Marçal inclusive teve problemas com a Justiça. Segundo o UOL, uma ação que começou em 2005 chegou a colocá-lo na cadeia de forma temporária, quando tinha 18 anos. Em 2010, o coach foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado (artigo 155, do Código Penal) pela Justiça Federal. Um recurso só foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em 2018. “Em razão da demora para o tribunal apreciar o caso, houve prescrição punitiva – ou seja, Marçal, embora considerado culpado, não cumpriu a pena”, disse o portal.

A postura de Rogério, no entanto, não parece estar isenta de questionamentos. O senador, que tem um histórico de transições políticas significativas – começando na esquerda (PDT), passando pelo Centrão (ex-DEM, atual União Brasil) e finalmente se alinhando ao bolsonarismo (ora no PL) – agora faz uma defesa que, para muitos, pode parecer menos sobre princípios e mais sobre conveniência.

Marçal, por sua vez, está em rota de colisão com o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família, o que torna a defesa de Rogério ainda mais intrigante. O candidato do PRTB, em ascensão nas pesquisas, não apenas criticou o “02”, Carlos Bolsonaro, chamando-o de “retardado”, mas também sugeriu que Lula e Bolsonaro estariam tramando juntos para minar sua candidatura. Esse posicionamento beligerante de Marçal frente ao ex-presidente não passou despercebido, especialmente quando Marçal revelou, nas redes sociais, sua frustração com a falta de reconhecimento por parte de Bolsonaro, a quem ele ajudou durante a campanha de 2018.

Em meio a esse cenário, a defesa de Marcos Rogério pode ser interpretada como mais um movimento estratégico do senador, que, ao perceber a potencial “queda” do bolsonarismo, talvez esteja antecipando seu próximo passo político. Com Marçal em ascensão, seria Rogério o primeiro a se alinhar ao candidato, aproveitando a oportunidade de se posicionar como defensor da democracia, enquanto, na verdade, poderia estar simplesmente ajustando suas velas para onde o vento político parece estar soprando agora?

A situação levanta a questão: o que realmente motiva Marcos Rogério? Será que, mais uma vez, estamos vendo o senador seguir seu padrão de ajustar-se às conveniências políticas, desta vez aproximando-se de um novo possível líder em ascensão? A resposta, como sempre, pode estar nas nuances das escolhas políticas que ele faz, que parecem sempre guiadas pelo vento das oportunidades.

A despeito de não ter mudanças em relação ao espectro ideológico, Chrisóstomo também parece rumar por um caminho que ignora a existência do até então “amado” Jair Bolsonaro, defendendo, em nome de uma pretensa liberdade de expressão, o coach em suas redes sociais.

Não estaria o coronel também preparado para pular do barco caso a família Bolsonaro naufrague politicamente?

A resposta, é óbvio, está com o público que deve avaliar minuciosamente o comportamento a fim de analisar a lealdade desses dois membros da bancada federal de Rondônia ao ex-presidente, hoje no PL.

Por: Rondoniadinamica

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