Mãe da criança, de 19 anos, é dependente química e entregou a filha às irmãs para quitar dívida com o tráfico de drogas
Ester Naissa Soares Tavares, 24, e Vitória Laissa Soares Tavares, 22, presas nesta terça-feira (20) suspeitas de participarem de um esquema criminoso de tráfico de pessoas, iriam vender a própria sobrinha, de 19 dias de nascida. A mãe biológica da vítima, uma jovem de 19 anos, é dependente química e a entregou para as irmãs a fim de quitar uma dívida com o tráfico de drogas.
Conforme a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a investigação iniciou há aproximadamente 10 dias, quando um familiar do bebê, do sexo feminino, comunicou a Depca que a vítima teria desaparecido após ter sido atestado como morto, o que seria inverídico.
“Ao primeiro olhar, poderia ser uma adoção irrregular, mas caiu por terra após apresentarem um documento de óbito da criança. Essa mãe chegou com a informação na família de que o bebê havia falecido. Ela mesma nos admitiu que foi trocada a foto de uma carteira de identidade e ela apresentou na maternidade”, disse a delegada.
Segundo a delegada, com o decorrer das investigações, foi constatado que se tratava de um esquema criminoso envolvendo um suposto tráfico de pessoas. A mãe biológica da vítima, uma jovem de 19 anos, é dependente química e a entregou para as irmãs a fim de quitar uma dívida com o tráfico de drogas. As duas irmãs venderiam a criança posteriormente.
Ainda de acordo com a delegada, Vitória foi a responsável por intermediar a situação e entregou o bebê para a sua irmã, Ester Naissa. A mãe biológica se arrependeu, tentou pega-lo de volta, mas as irmãs não quiseram devolver e ainda ameaçarem a jovem.
“A criança ainda não foi registrada até hoje, então nós enxergamos essa situação com tráfico de pessoas, falsificação de documento público e falsidade ideológica”, destaca Juliana.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontradas porções de drogas na residência de Vitória.
Elas responderão por tráfico de pessoas e falsificação de documento público.
Operação Salvaguarda
A operação foi denominada com esse nome uma vez que o objetivo era salvaguardar os direitos e a proteção da vítima. A ação policial ocorreu no bairro Santa Etelvina, zona norte de Manaus.
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Fonte: D24am