Aiatolá Ali Khamenei instruiu membros da Guarda Revolucionária e do Exército iraniano para preparar planos de ataque e de defesa do país
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou um ataque direto a Israel nesta quarta-feira (31), segundo o jornal americano “The New York Times”.
O ataque seria uma retaliação após um bombardeio israelense em Teerã ter matado o chefe do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, durante a madrugada desta quarta. O Hamas, com o qual Israel está em guerra na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, é aliado do Irã.
Israel não assumiu a autoria do assassinato de Haniyeh. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã, mas não mencionou o chefe do Hamas.
Netanyahu disse ainda em seu pronunciamento na TV nacional israelense que vai cobrar um preço alto por qualquer agressão contra Israel.
Mesmo sem que o governo israelense tenha assumido autoria pela morte, Khamenei prometeu “punição severa” para Israel. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação dentro do país. Ele afirmou que o Irã “defenderá sua integridade territorial” e disse que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.
Khamenei deu a ordem para o ataque durante uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã na manhã desta quarta, logo após o país anunciar a morte de Haniyeh, segundo três autoridades iranianas não identificadas ouvidas pelo “New York Times”, incluindo dois membros da Guarda Revolucionária iraniana.
Fontes também disseram ao jornal americano que o líder supremo iraniano instruiu membros da Guarda Revolucionária e do Exército para preparar planos de ataque e de defesa do país, caso uma guerra total contra Israel comece ou caso os EUA realizem ataques no Irã.
Assassinato de chefe do Hamas
Haniyeh, o principal nome do braço político do grupo terrorista, foi assassinado nesta madrugada durante uma visita a Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano, segundo o próprio Hamas confirmou em um comunicado.
Fonte: G1