Atividades são desenvolvidas para ampliar a importância da vigilância, prevenção e controle da doença
Julho é o mês dedicado a ações de conscientização sobre as hepatites virais. A campanha Julho Amarelo, encabeçada pelo Ministério da Saúde, reforça a importância da vigilância, prevenção e controle da doença. Em Porto Velho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) intensificou as atividades dedicadas ao tema, focando no combate ao estigma e desinformação.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por diferentes motivos, entre eles vírus, consumo excessivo de álcool, medicamentos e doenças autoimunes. Os tipos virais mais comuns são a hepatite A, B e C, cada uma com características, modos de transmissão e tratamentos específicos.
Através da Coordenação Municipal de Vigilância das Hepatites Virais, a Semusa trabalha para combater as muitas informações incorretas que circulam a respeito dessa doença, contribuindo com o preconceito ao paciente e o aumento da desinformação.
MITOS E VERDADES
Para ajudar a informar a população, a Semusa esclarece algumas das principais dúvidas sobre a hepatite.
Os tipos virais mais comuns são a hepatite A, B e C
Hepatite é sempre uma doença grave?
Mito. Nem todas as hepatites evoluem para quadros graves. A hepatite A, por exemplo, geralmente não causa complicações sérias e o paciente se recupera totalmente. Já as hepatites B e C podem se tornar crônicas, mas com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas pessoas levam uma vida normal e saudável.
Apenas usuários de drogas estão em risco de contrair hepatite?
Mito. Embora a droga injetável, através de seringas compartilhadas, seja um fator de risco significativo, a hepatite pode ser contraída de várias outras maneiras. A hepatite A é transmitida por meio de alimentos ou água contaminados, enquanto as hepatites B e C podem ser transmitidas por relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue não testado e compartilhamento de itens pessoais como lâminas de barbear e escovas de dente.
A vacinação só é necessária para crianças?
Mito. A vacinação contra a hepatite B é recomendada para todas as faixas etárias, não apenas para crianças. Adultos não vacinados e pertencentes a grupos de risco devem se vacinar para prevenir a infecção.
A vacinação contra a hepatite B é recomendada para todas as faixas etárias
Todos precisam se preocupar com a hepatite?
Verdade. A hepatite, especialmente nas formas B e C, pode ser assintomática por anos, enquanto o vírus danifica o fígado, silenciosamente. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz e prevenção de complicações graves, como a cirrose e o câncer de fígado.
Hepatite tem cura?
Verdade. A hepatite A sempre se cura sem necessidade de tratamento específico. A hepatite B pode ser controlada e, em alguns casos, eliminada pelo organismo. Por sua vez, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos, graças aos tratamentos antivirais modernos.
Importância do Diagnóstico Precoce
A rede municipal de saúde oferece o teste rápido para diagnóstico da hepatite em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural, com profissionais capacitados para a realização do procedimento. O exame é rápido, gratuito e não necessita de agendamento de horário.
Segundo a coordenadora Municipal da Vigilância das Hepatites Virais da Semusa, Cemíremes Fernandes, “é fundamental que a população aproveite esses recursos para assegurar uma detecção precoce e um tratamento adequado, combatendo o preconceito e promovendo a saúde pública”.
Diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz
Atividades Julho Amarelo
Capacitação para profissionais da vigilância em saúde sobre a construção e implementação da linha de cuidados das hepatites virais, que acontece entre os dias 24 à 26 de julho de 2024, com participação dos técnicos do Ministério da Saúde e da Agência de Vigilância em Saúde do Estado.
Unidades básicas realizam atividades lúdicas e educativas a fim de orientar e proporcionar acesso aos testes e medidas preventivas contra a doença. Atividades educativas, com foco na prevenção e combate às hepatites virais, realizadas pela equipe do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) em empresas privadas.
Texto: Semusa
Foto: SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)