A Justiça de Mato Grosso condenou Ramira Gomes da Silva, de 25 anos, a 34 anos de prisão em regime fechado por assassinar, esquartejar e ocultar o corpo do filho Bryan da Silva Otany, de apenas 4 meses, em maio de 2021 na cidade de Sorriso, a 420 km da capital Cuiabá. O crime brutal chocou a comunidade e motivou a investigação que resultou na condenação da ré, que atualmente se encontra presa na Penitenciária Ana Maria do Couto, na capital do estado.
De acordo com o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi, Bryan foi morto por traumatismo craniano causado por um instrumento contundente. As investigações revelaram que, após o crime hediondo, a mãe esquartejou o corpo do bebê e o enterrou em uma cova rasa próxima à casa onde viviam. A crueldade do crime foi ainda mais evidenciada quando o corpo da vítima foi descoberto após o cachorro de uma vizinha cavar o buraco e desenterrá-lo.
Na época do crime, Ramira fugiu da cidade no mesmo dia em que o cometeu, buscando escapar da justiça. No entanto, a polícia a capturou em Porto Velho (RO), quando ela tentava seguir viagem em uma embarcação rumo ao estado do Amazonas.
As investigações apontaram que o crime foi premeditado e motivado pelo desejo de Ramira em se mudar para outro estado e iniciar um relacionamento com outra mulher. A relação com a nova companheira havia se iniciado virtualmente e, para concretizá-la, a ré decidiu eliminar o filho, Bryan da Silva Otany, de apenas 4 meses.
Após assassinar o filho na madrugada do dia 14 de maio, Ramira executou um ato de extrema crueldade: amputou os braços e pernas do bebê em cima da pia da cozinha. Em seguida, colocou os membros em potes e os jogou em uma lixeira. Parte do corpo da criança foi encontrada enterrada nos fundos da casa, no bairro Benjamin Raiser, onde a mãe morava há pouco tempo. O tronco do corpo foi enterrado em uma cova rasa cavada próximo a um tanque, também nos fundos da residência.