A ex-deputada, mais uma vez, colocará sua popularidade à prova enfrentando poderosos nomes da política rondoniense
Porto Velho, RO – Em entrevista concedida ao repórter Arimar Sousa de Sá durante o programa “A Voz do Povo”, a pré-candidata à Prefeitura da Capital, Mariana Carvalho, do União Brasil, foi questionada sobre eventual temor diante das potenciais postulações que se colocam diante dela.
A “queridinha” da turma do Prédio do Relógio foi franca ao avaliar seu histórico. Ela disse:
“Não, eu acho que se tivesse medo não teria lá atrás começado a minha vida política. Acho que uma coisa que eu não tenho na vida é medo”, anotou.
Na prática, ela está deixando claro à audiência que nem mesmo Léo Moraes, atual dirigente do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran/RO), é capaz de deixá-la apreensiva. Com cada vez mais peças sinalizando posições no tabuleiro das eleições de 2024, não há Marcelo Cruz (PRTB) nem Fátima Cleide (PT) que faça “torcer o nariz”.
A despeito do último revés em 2022, quando foi à bancarrota ao disputar uma das cadeiras no Senado Federal perdendo para o pecuarista Jaime Bagattoli, do PL de Jair Bolsonaro, a ex-tucana regressa ao seu status de originalidade largando, ao menos em termos de indumentária, as peças em verde e amarelo.
Era a “fantasia” da época em que tentava, desesperadamente, sinalizar à bolha mais à extrema-direita do eleitorado, que já havia “comprado” outros nomes da política rondoniense como o próprio Bagattoli, e, antes disso, Marcos Rogério, também do PL.
Com apoio do atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, que voltou ao PSDB, e, ainda, as bênçãos do Palácio Rio Madeira, ou seja, do governador Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, e seu estafe, Mariana é, de fato, um nome a ser batido.
Amparada por nomes que regem as duas maiores máquinas administrativas de Rondônia, é quase uma obrigação vencer as eleições deste ano, o que a coloca numa sinuca de bico existencial, vez que, numa possível nova derrota com todo esse arcabouço favorável orbitando suas pretensões seria mais ou menos a pá de cal na sua até então vitoriosa carreira política.
Lado outro, vale lembrar que rejeição também define os rumos eleitorais Brasil afora, e, quando se gruda a duas figuras de situações, fugindo às expectativas da população que são muito mais exigentes em termos de oposição e enfrentamento ao status quo, há, paralelamente, um significativo encargo negativo.
Se não tem medo, vale lembrar que seus adversários, com muita bagagem também, podem sentir o mesmo. E, numa toada de “tudo ou nada”, como parecer ser, por exemplo, a aventura de Léo Moraes, que arriscará o trabalho técnico no Detran/RO pela oportunidade de chefiar Porto Velho, os objetivos de Mariana podem limar diante da gana de gente com menos holofote e muito mais vontade de chegar lá.
E que não se engane com Marcelo Cruz, que vem “comendo pelas beiradas”; ou Fátima Cleide, com sua influência junto ao governo federal.
Todos eles e outros tantos podem fazer frente ao seu nome dissipando, lá pelas tantas, o clima de “já ganhou” observado por jornalistas nos bastidores da política na Capital de Rondônia.
Fonte: Rondoniadinamica